Sessão de Terapia

Uma sessão de terapia apresenta uma interação livre de julgamentos ou censuras, com um profissional que apresenta uma escuta diferenciada e que tem os recursos suficientes para ajudá-lo a compreender as conexões entre a sua própria história e a influência sobre a realidade. Ao compreender estas ligações, você começa a sentir-se menos vulnerável aos acontecimentos e passa a assumir maior controle das suas escolhas, sendo capaz de alterar as suas consequências.  

Costumo explicar em consultório que temos a tendência de jogar as nossas preocupações, angústias, sofrimentos e todos os tipos de sentimentos fortes no fundo de um lago. Fazemos isso sem nos dar conta do acumulo que se forma no fundo e que, em algum movimento das águas, poderá ser mexido.

Este movimento em forma de ondas nas águas pode ser uma situação de crise, por exemplo, que irá trazer à tona todos estes sentimentos e colocá-los na superfície de forma visível. Quando isso acontece você descobre tantas lembranças e experiências sem confrontos e que foram ignoradas por você ao longo da sua história. É por isso que, quando tudo isso começa a aparecer na superfície do lago, você pode se sentir impotente, sem controle ou mesmo refém das próprias emoções.

Quando perdemos a capacidade de controlar as nossas emoções, sentimos que estamos enlouquecendo. Mas a loucura só pode ser identificada por olhares sóbrios e quando você se reconhece louco, ainda não está louco. Como já escreveu o poeta português Miguel Torga sobre a loucura, “só é tua loucura, onde com lucidez te reconheças”. Jung acredita que todas as pessoas sãs deveriam ser curadas por entender que o esforço para se manter dentro da “normalidade” nos adoece. Isso para dizer que ao longo da vida todos nós iremos apresentar algum tipo de sofrimento psíquico. Portanto, quebre os seus tabus e perceba que o caminho do autoconhecimento pode te libertar das amarras do passado e do futuro. Na terapia, o momento é agora.